Resultado Operacional de 2017 é apresentado para funcionários da SEFAC

O Diretor Administrativo Financeiro da SEFAC, Odair Carvalho, reuniu os funcionários da empresa para apresentar os resultados operacionais de 2017. A apresentação aconteceu no auditório da usina. Com a palavra, Odair:

Foram concluídos os trabalhos referentes à auditoria externa, tendo sido auditadas as demonstrações financeiras da SEFAC do exercício de 2017.

Ao final de 2017, a empresa Serra do Facão Energia apresentou melhores resultados econômicos e, principalmente, financeiros em relação aos anos de 2015 e 2016, porém ainda apresentou prejuízo no valor de R$ 7,208 milhões.

Do ponto de vista econômico, os impactos mais relevantes no resultado foram os custos com Uso do Bem Público [UBP], basicamente decorrente da alteração no processo de contabilização do UBP e os custos com compra de Energia [MRE1 e GSF2]. O impacto consolidado desses dois itens de custos representou R$ 64,2 milhões [depois do IR] no resultado. Do ponto de vista financeiro, a SEFAC encerrou o ano com R$ 52,417 milhões em caixa.

O EBITDA [sigla em inglês para Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, LAJIDA] foi de R$ 119,640 milhões, uma variação de menos 9,57% em relação ao Plano Operacional de 2017 e de menos 3,85% em relação ao ano de 2016.

Uma das estratégias adotadas pela Diretoria Executiva, com apoio e suporte do Comitê de Comercialização e do Conselho de Administração, foi a compra antecipada de energia para o período de janeiro a dezembro de 2017, que proporcionou à SEFAC um “custo evitado” de aproximadamente R$ 27,4 milhões no ano, melhorando o resultado e minimizando o prejuízo.

Em relação ao financiamento do BNDES, a amortização acumulada até o final do exercício somou R$ 497 milhões, sendo R$ 71 milhões durante o ano de 2017, além de R$ 18 milhões vinculados à conta garantia do financiamento.

Ressalta-se que a SEFAC cumpriu todas as obrigações contratuais referentes ao financiamento.

No que concerne aos benefícios fiscais levados aos municípios e aos estados de Goiás e Minas Gerais, no exercício de 2017, durante o período de operação da Usina, os referidos estados, os municípios abrangidos pelo empreendimento, os ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico [FNDCT] receberam, a título de compensação financeira prevista em legislação específica, um valor de aproximadamente R$ 1,19 milhão.

Cabe ressaltar que, com a empresa passando a obter lucro, parte do imposto poderá ser destinado a projetos sociais nas áreas de saúde, educação, cultura e esporte, sendo alguns patrocinados por meio de incentivos fiscais: Lei de Incentivo à Cultura [Lei Rouanet], Lei do Audiovisual, Lei de Incentivo ao Esporte e outros.

Em relação ao orçamento operacional para o exercício de 2018, este foi elaborado projetando um prejuízo anual de R$ 22,223 milhões, incluindo os custos gerenciáveis [Administração, O&M da Usina, Programas Ambientais e Seguros] no valor total de R$ 22,24 milhões/ano. O plano operacional para o exercício de 2018 foi aprovado pelo Conselho de Administração.

Vale mencionar ainda outros resultados de suma importância para a SEFAC: quanto à segurança das instalações e dos funcionários, destacamos que a atividade de O&M da Usina Hidrelétrica Serra do Facão encerrou o ano com 945 dias sem acidentes de trabalho envolvendo pessoal próprio e 697 dias, se considerados profissionais de empresas prestadoras de serviço. Durante o ano de 2017, a empresa, através de processo de certificação realizado por instituição externa de auditoria, obteve a Certificação do Sistema de Gestão Ambiental, segundo norma ABNT NBR ISO 14001:2015.

Todos os resultados financeiros estão baseados em princípios e valores observados pela Administração, sempre preservando a Governança Corporativa, Segurança, Responsabilidade Socioambiental, transparência, controles internos, aprimoramento de fluxos de processos e procedimentos internos.

Ao final da apresentação, o Diretor Administrativo Financeiro, Odair Carvalho, ressaltou que “a SEFAC tem como expectativa o reequilíbrio econômico e financeiro nos próximos dois anos. No entanto, para atingirmos tais objetivos será importante o apoio, dedicação e comprometimento de todos os funcionários, inclusive através do empenho pela melhoria contínua dos processos, sejam eles de operação, manutenção, meio ambiente ou administrativos. Estamos buscando estratégias para revertermos esse quadro de prejuízo o mais breve possível e consequentemente retomarmos a linha crescente de lucro, buscando cada vez mais proporcionar os devidos retornos econômicos e financeiros aos nossos acionistas, principalmente através de dividendos”.

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1. MRE: Mecanismo de Realocação de Energia, é um mecanismo em que todas as usinas hidrelétricas participam compulsoriamente e tem como objetivo o compartilhamento do risco hidrológico.

2. GSF [Generation Scaling Factor, em inglês]: É a relação entre o volume de energia efetivamente gerado pelo MRE e a Garantia Física total do mecanismo; quanto a esse item, deve-se considerar o fator hidrológico que o impacta significativamente e, como consequência, traz custos consideráveis aos agentes do setor elétrico.

Post Author: Admin Geral