Outubro é mundialmente conhecido como o mês de luta contra o câncer de mama, uma vez que é a doença que mais acomete as mulheres no mundo inteiro, segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA.
De acordo com o instituto, há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico e possibilitam melhores resultados estéticos.
As causas podem ser genéticas ou relacionadas aos hábitos de vida. Entre os fatores importantes que aumentam a incidência do câncer de mama, estão o tabagismo, o consumo de bebidas alcóolicas e a má alimentação.
O oncologista Ricardo Caponero, presidente do Conselho Técnico Científico da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mulher – FEMAMA –, explica que a associação do fumo com o câncer de mama ocorre porque muitas substâncias cancerígenas presentes no cigarro são absorvidas pelo organismo e possuem efeito sistêmico. Ou seja, embora o efeito seja maior nas vias respiratórias, pulmões e trato urinário, o efeito nocivo do cigarro atinge todo o organismo.
Quanto ao consumo diário de bebidas alcóolicas por mulheres adultas, tanto na pré-menopausa como na pós-menopausa, o risco de desenvolver câncer de mama aumenta de 7 a 10 por cento com consumo diário de uma dose de bebida alcóolica – uma dose equivalendo a uma taça de vinho, ou um copo de cerveja, ou 30 ml de bebida destilada –; a mama comparada com outros órgãos parece ser mais suscetível aos efeitos cancerígenos do álcool, relata, em suas publicações, a Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC), instituição parte da OMS. Suas pesquisas também apontam para uma preocupação clínica e de saúde pública, porque quase metade das mulheres em idade fértil consomem bebidas alcóolicas e tendem a beber quatro ou mais doses ao mesmo tempo.
No caso da alimentação, outro fator significante, o Centro de Oncologia adverte sobre alimentos que contribuem para o risco da doença, aqueles que podem transformar células saudáveis em células cancerosas se consumidos regularmente: os ultraprocessados, gordurosos, salgados e enlatados. Deve-se evitar frituras, carnes com gordura aparente e embutidos, como linguiças, salsichas, salames, presuntos e que tais. Por outro lado, se alimente com comida de verdade: frutas, verduras e legumes que contêm vitaminas e fibras e auxiliam as defesas naturais do corpo.
A campanha contra o câncer de mama tem no Outubro Rosa um reforço para que a mulheres se observem, se cuidem, se conscientizem sobre a importância da detecção precoce. Informar-se ajuda na prevenção.
O Brasil é membro da IARC desde 2013, sendo o único país da América Latina. O INCA, representando o Brasil, possui assento tanto no Conselho Diretivo, votado às políticas e decisões da Agência, como no Conselho Científico, marcando posição na estratégia científica da IARC.
