Monitoramento e Controle das Condições de Erosão

O uso e ocupação do solo do entorno da Usina Hidrelétrica Serra do Facão, bem como as alterações ambientais durante e após o enchimento do reservatório, podem interferir nas condições de estabilidades das encostas e barrancos dos rios, contribuindo para ocorrência de erosões e deslizamento de terra.

Na área de abrangência do empreendimento, predominam áreas de vegetação nativa preservada. No entanto a realização de atividades como cultivo de pastagens e abertura de acessos aumentam a degradação da mata nativa, o que favorece a ocorrência de zonas críticas de erosões, demandando ações de monitoramento e regeneração da cobertura vegetal.

O Programa de Monitoramento e Controle das Condições de Erosão iniciou dois anos antes do enchimento do reservatório, com o estudo detalhado das encostas do reservatório e seu entorno, a fim de identificar e caracterizar os locais mais suscetíveis a instabilidade e erosões.

Com base nos dados obtidos, foram elaborados projetos para aplicação de medidas de contenção e proteção superficiais em 11 locais. Os procedimentos mecânicos ou biológicos adotados consideram a especificidade de cada propriedade rural onde se encontra o foco erosivo em função do uso e da ocupação.

Com o enchimento do reservatório, o monitoramento concentrou-se também na Área de Preservação Permanente (APP) e na faixa de depleção do lago, onde foram cadastrados novos focos erosivos devido ao empuxo provocado pela massa de água quando do seu recuo ou pelas ondas geradas pelo vento na grande lâmina de água do reservatório. Estes foram identificados e inseridos para monitoramento.

O monitoramento inclui vistorias por barco para melhor controle dos possíveis focos erosivos na faixa de deplecionamento. No entorno do reservatório e na APP, as visitas são periódicas, e o acompanhamento é feito por meio da leitura das estacas instaladas, com vistas a quantificar o avanço e a deposição de sedimentos nesses focos erosivos.

De forma regular e tecnicamente recomendável, a SEFAC faz a intervenção no foco erosivo.